por Jaqueline Furrier
colaboração de Mel Reis
A disputada fronteira entre França e Alemanha foi o nosso destino numa viagem de bicicleta realizada em setembro de 2012. Por falta de mais tempo para férias, fizemos um roteiro de apenas doze dias, incluindo cinco de bicicleta.
colaboração de Mel Reis
A disputada fronteira entre França e Alemanha foi o nosso destino numa viagem de bicicleta realizada em setembro de 2012. Por falta de mais tempo para férias, fizemos um roteiro de apenas doze dias, incluindo cinco de bicicleta.
Como já comentei em outra postagem, eu e meu marido gostamos muito de viagens cuja parte do percurso possamos fazer pedalando. Desde 2008 temos realizado uma viagem por ano que inclua essa atividade, apesar de a logística ser mais trabalhosa, pois sempre viajamos com nossa filha pequena e ela não pode participar.
A viagem começou por Munique, cidade onde
eu havia estado uma única vez há mais de vinte anos. Foi uma pena, pois
merece ao menos três dias e nós só tínhamos um dia, por um erro de
logística da minha parte.
O ponto de encontro da viagem de
bicicleta começava em Mulhouse na França. De lá cruzaríamos de ônibus a fronteira alemã para pedalarmos por dois dias na região
da Floresta Negra, antes de novamente retornarmos à França para
pedalar três dias pela região da Alsácia.
Assim, como estávamos acompanhados da
minha filha e tínhamos que deixá-la com a babá no hotel em que nos
hospedaríamos na primeira noite do pedal, achei melhor começar a viagem pela
Alemanha e escolhi Munique sem me dar conta da distância até o ponto de
encontro com o grupo da Backroads,
agência pela qual fizemos a parte da viagem que referente à bicicleta.
Quando comprei os tickets
aéreos, achei, sem consultar os horários, que conseguiríamos ir de
trem de Munique para Badenweiler, local do primeiro hotel da
bike, mas essa opção se mostrou inviável, pois seriam duas conexões e seis
horas de viagem.
Esse erro de logística acabou por nos
deixar somente com um dia para visitar Munique, onde chegamos ao final da
tarde de uma quinta-feira, após uma conexão em Frankfurt, e tínhamos que partir
no sábado de manhã para Badenweiler, a 370 km, pois a
viagem começava no domingo.
A viagem teria sido muito mais
proveitosa se não tivéssemos optado por Munique. O melhor
seria ter chegado por Frankfurt e ido de carro para Baden-Baden ou Stuttgart e depois
seguido para Badenweiler. Acabou que foi
corrido em Munique e não houve tempo para conhecer Baden-Baden, cidade sobre a
qual já ouvi falar muito bem. Por isso, sempre é bom checar todas as
questões logísticas antes de emitir os voos.
Em Munique nos hospedamos no Vier
Jahreszeiten Kempinski München, que é considerado um dos
melhores hotéis da cidade. O prédio é antigo, mas totalmente remodelado e fica
na Maximilianstrabe, um boulevard repleto de
lojas sofisticadas. Fiz a reserva pelo booking e a cidade oferece
muitos hotéis excelentes de todas as categorias e bolsos.
Como chegamos ao final do dia e ainda sem
parte de nossas malas, que não foram despachadas pela TAM na conexão em Frankfurt, houve tempo somente para
jantarmos. Fomos ao Atelier, um excelente restaurante
1*Michelin, que fica no tradicional Hotel Bayerischerhof, mas tem
decoração moderna e serve cozinha contemporânea.
Estavam excelentes tanto a refeição como o serviço.
No dia seguinte, diante das
circunstâncias, não havia tempo para visitar nenhum dos
maravilhosos museus da cidade. Optamos por fazer o percurso do ônibus
turístico da Gray Line, para ao menos ter
um panorama da cidade.
A Gray Line oferece dois
percursos: um longo e um express. Pela manhã fizemos o longo e paramos no Palácio de Nymphenburg somente
por 20 minutos, tempo suficiente para conhecer os jardins. De lá seguimos no
ônibus para o Parque Olímpico, onde visitamos o aquário, legal, mas nada de
especial, e também subimos na Torre
Olímpica para apreciar a vista da cidade e dos Alpes ao fundo,
uma vez que o tempo estava claro. Ao lado do parque fica Mundo BMW, uma mistura de
museu, loja, restaurante, local de eventos e fábrica. De fato um
mundo a ser visitado até mesmo por aqueles que não são fanáticos por carros.
Pena que não tínhamos tempo.
Nesse ponto é possível pegar uma conexão
da Gray Line para o Estádio Allianz,
mas por conta da distância não fomos. Seguimos até o ponto seguinte de
ônibus, e caminhamos pelo bairro boêmio e artístico de Schwabing , cruzando
a arco Siegestor, até a Praça Odeon.
Da praça pegamos novamente o ônibus
que percorreu as avenidas, onde se situam a Universidade de Tecnologia
e os grandes museus da cidade, até o Teatro Nacional que é bem central, no final da avenida
do nosso hotel. Caminhamos até a famosa Haufbrauhaus,
cervejaria fundada em 1589 e cheia de história, para almoçarmos uma típica
comida alemã. Embora muito turística não dá para ir a Munique e não
visitá-la.
Depois do almoço, seguimos caminhando pelo centro da cidade para apreciarmos a arquitetura da Marienplatz e da Prefeitura. Na praça, visitamos o Museu de Brinquedos. Depois seguimos para conhecer a Catedral e o Viktualienmarkt e, no final da tarde, paramos para mais uma cerveja em uma das muitas cervejarias espalhadas pela cidade.
Nessa noite jantamos no Dallmayr, único
2*Michelin da cidade. Confesso que gostei mais do Atelier. O Dallmayr fica
no segundo andar da delicatessem de mesmo nome, que ainda
abriga um café-bistrô, aberto das 9:30 às 19:00. A comida era
excelente, mas o ambiente sem charme. Eu acho que vale mais
a pena ir ao bistrô no almoço e visitar a loja, com
produtos gourmets locais e do mundo todo. Imperdível mesmo que
não queira comprar nada.
No sábado, nosso terceiro dia de viagem,
saímos por volta das 10:00 de Munique com destino
a Badenweiler. Fizemos o caminho beirando o Lago de Konstanz. A
primeira parte do caminho é monótona por uma autoestrada, mas
depois se tem boas vistas do lago e dos Alpes suíços.
Paramos para almoçar no Schuppen 13, um
restaurante delicioso a beira do lago, de frente a uma marina. Tem um ambiente
interno charmoso e uma área externa bem casual. Bibi Gourmand pelo guia
Michelin, fica aberto sem interrupção entre o almoço e o jantar,
mas das 15:00 às 19:00 serve um menu mais curto. O local estava
lotado de iatistas e famílias aproveitando o sábado ensolarado de final de
verão e a comida excelente.
Depois do
almoço, ainda faltava mais da metade do trajeto e
depois de adentrarmos na região da Floresta Negra, as
estradas ficaram bastante sinuosas. A paisagem, contudo, era bem
atraente, formada de floresta densa de pinheiros e passava
por diversos pequenos vilarejos encantadores.
Chegamos a Badenweiler, uma pequena cidade
de águas termais, no final do dia. Hospedamo-nos no Hotel Römerbad, escolhido
pela Backroads, mas não recomendo. O hotel que começou a ser
construído em 1823 e foi finalizado no início do século XX, faz parte dos Hotéis Históricos da Europa. A
arquitetura é bonita e tem uma piscina interna bem
bacana, mas está muito decadente. Precisa urgentemente ser renovado e
praticamente não tem serviço.
A cidade, que é estância
termal, é agradável, mas, além das águas termais,
não tem muito para se fazer ou ver. É somente uma boa
localização para explorar a região sul da Floresta Negra.
Jantamos nessa noite no restaurante Hirschen, localizado
em Sulzburg, a 12 km de Badenweiler. O restaurante
da chef Douce Steiner tem 2*Michelin e serve
cozinha tradicional francesa. Vale a visita. Não é muito caro pela
classificação que tem e estava lotado. Reserve. É possível também se hospedar nos poucos quartos no andar de cima, o que eu acho que teria sido uma ótima opção ao hotel de Badenweiler.
No dia seguinte pela manhã, cruzamos a
fronteira da França para devolvermos o carro e encontrar o grupo
da Backroads. Para nós não foi um problema ir devolver o carro
em Mulhouse, mas é sempre bom ficar atento quando se faz opção de locação
de veículo para devolver em cidades do interior, pois na Europa
não há locadoras em qualquer canto e a maioria fecha nos finais de semana.
Encontramos o grupo e um dos guias, que nos levou de ônibus até Bauerhausmueseum, em Kirchausen,
uma fazenda do século XVII, onde o outro guia nos aguardava com um super
piquenique. Depois do almoço, fizemos uma visita guiada pela construção
histórica da fazenda para conhecermos sua história, assim como de sua
última moradora, Berta Schneider, que lá nasceu e viveu até morrer em 1986, aos
91 anos.
Acabada a visita, partimos de
bike por subidas e descidas dessa parte mais sul da Floresta
Negra, passando por vilarejos alemães, em direção ao hotel. Eram duas
opções de percurso, uma de 29.2km e outra de 39.6km, e optei pela
mais curta.
Quando chegamos à cidade estava
tendo um festival de música na praça onde o hotel se localiza. Ótima
desculpa para se comer um cachorro quente com cerveja. Delícia!
À noite nos encontramos no bar do
hotel para um pequeno coquetel e apresentações, o que ocorre no primeiro
dia em todas as viagens da Backroads. Depois, seguimos todos
para jantar no Markgrafler Winzerstuben, uma
típica taberna alemã, onde fomos atendidos pelo dono.
No dia seguinte, partimos pedalando rumo à
região norte da Floresta Negra, depois pela região vinícola de Markgräflerland, até
baixarmos para as planícies do Reno para cruzá-lo na altura
de Breisach, onde almoçamos. Até esse ponto foram 38.1km do total
de 74.4Km que faríamos nesse dia.
Nessa cidade tinha opção
de transfer até o hotel, mas não queríamos perder a oportunidade de
cruzar a fronteira, que ficava a apenas 2 km. Ao cruzar para
França a primeira cidade que se encontra é a fortificada Neuf-Breisach, tombada
pela Unesco. Depois o percurso seguiu na direção da cadeia
de montanhas de Vosges,
passando por uma extensa área agrícola do Reno. O legal é que
boa parte desse percurso, tanto na Alemanha como na França, foi
por vias exclusivas para bicicletas.
Em Sainte Croix em
Plaine, depois de 58.1Km, havia outra opção
de transfer para o hotel, mas segui pedalando até Rouffach, local onde se localiza o Hotel Chateau D’Isenbourg, local
de hospedagem das duas próximas noites.
Minha filha já estava lá, aproveitando a
piscina aquecida do SPA. O hotel também tem uma piscina externa, mas mesmo
sendo aquecida estava frio para usar. Como sempre faço nessas viagens,
ela havia seguido de Badenweiler até Rouffach de táxi com a babá. Peço indicação do táxi ao hotel ou aos guias e me sinto
muito segura em mandá-la de um hotel para outro dessa maneira.
O Chateau D’Isenbourg fica
no alto da cidade. Foi construído sobre adegas dos séculos XII e XIV
e tem decoração do século XV. Pertence a rede de hotéis com selo Small Luxury Hotels e tem
lindos jardins e restaurante com terraço com vista sobre a cidade, as
planícies do Reno e de Vosges. É uma bela propriedade e recomendo, principalmente se quiser aproveitar a viagem para desbravar os vinhos dessa região.
O jantar em ambas as
noites foi no restaurante Les Tommeries no próprio
hotel, o que eu acho ruim. Na primeira
noite, podia-se pedir no quarto ou no
restaurante quando quisesse, mas na segunda, o jantar foi com o grupo
todo reunido. O restaurante é bom, mas nada de especial que valesse duas
refeições seguidas. Arrependi-me de não ter ido ao restaurante Philippe Bohrer, que tem
1*Michelin e, segundo esse guia, serve uma comida gourmet simples, de
produtos locais, em um ambiente do interior.
O terceiro dia de pedal era o mais longo.
Opções de 36.9km, 55,7km e 89,8km. O começo foi por uma área rural do Vale do
Reno, relativamente plana. Depois de 28.5km, paramos na Pastisserie Remy,
em Soultz Haut-Rhin, para um café com éclair de chocolate para ganhar
energia para continuar.
Depois de 5km começou os 2.5km
de subida até a Abadia de Murbach, onde outro
piquenique nos esperava. Também fizemos uma visita guiada pela abadia Beneditina, fundada
em 727, que em meados do século IX tornou-se um importante centro
intelectual, sendo que entre os séculos XI e XII foi um dos mais poderosos
monastérios do Império Romano. Esse era o local da primeira
opção de transfer de volta para o hotel.
Seguimos pedalando pelos sobe e desce
dos pés dos Vosges, por meio de bosques e pastagens com rebanho de
vacas, sempre muito verde, e depois por vinhedos até Rouffach, O percurso passou
por Buhl e Soulzmatt, totalizando 55.7km. Quem se dispôs a completar
os 89,8, fez um desvio a partir de Soulzmatt.
Aproveitei o fato de ter chegado
mais cedo ao hotel para usar o SPA e visitar Rouffach em companhia de
meu marido e filha. Antes de jantar no hotel, tivemos uma
degustação de vinhos da Alsácia em uma vinícola próxima. Os
vinhos da Alsácia são basicamente brancos, pois a única uva para vinho tinto
permitida na denominação da região é o Pinot Noir. Para saber mais clique Rota de Vinhos da Alsácia. Eu gostei muito de tudo que provei.
Mapa obtido em: http://daniel.tiefenbach.over-blog.com/article-sur-la-route-de-vins-d-alsace-63661185.html Acesso em 16.08.13 |
O quarto dia da bike foi pela região
vinícola da Alsácia. Pela manhã, seguindo a Rota do Vinho, no final da cadeia de Vosges. Passamos
por pitorescas cidades como Voegtlinshoffen, Husseren les Chateau e Eguisheim. Essa última (11.1km)
parece sáída de contos de fadas e tem um dos famosos mercados de Natal da Alsácia. Paramos por uma
hora para explorar essa típica cidade medieval Alsaciana, toda florida e
aproveitamos para tomar um café, na praça em frente da fonte da igreja.
De lá seguimos em direção a bem
preservada Riquewihr (28.6Km), local
do almoço. Antes, passamos por Turckheim, Ammerschwihr. Riquewihr e outra típica cidade da região, repleta de lojas e
restaurantes. Aproveitamos a parada para comprar alguns vinhos. Fomos extremamente bem recebidos na Boutique Vini. Vale a visita e os preços são bons.
Almoçamos num pequeno restaurante que servia tarte flambée, um tipo de “pizza” regional, mas por não ter nada de especial não gravei o nome. Melhor seria ter ido ao La Table Du Gourmet, que tem 1* Michelin e é muito prestigiado.
Almoçamos num pequeno restaurante que servia tarte flambée, um tipo de “pizza” regional, mas por não ter nada de especial não gravei o nome. Melhor seria ter ido ao La Table Du Gourmet, que tem 1* Michelin e é muito prestigiado.
De Riquewihr havia opção de
seguir de van para o próximo hotel, em Illhaeusern, ir pedalando até
lá para um total de 42.3Km, ou fazer 52.3Km pela Floresta de Vosges,
que foi nossa opção do dia. Para esse percurso, 8Km após passar
por Zellenberg, seguimos em direção a Ribeauville e depois
para Bergheim, Rorschwihr e St. Hippolyte, até se
voltar ao mesmo ponto do desvio para seguir até o Hotel de Berges.
Ilhaeusern só vale a visita pelo hotel que é maravilhoso e abriga o restaurante Auberge d’Ille , 3*Michelin.
Nessa noite o jantar era por nossa conta e a Backroads nos ofereceu transfer até Colmar, cidade encantadora com mais de mil anos de história. Pena que chegamos lá já anoitecendo e não havia tempo para jantar e explorar a cidade, que vale ser visitada com calma. Se estiver de carro pela Alsácia, não deixe de reservar ao menos um dia para Colmar.
Ilhaeusern só vale a visita pelo hotel que é maravilhoso e abriga o restaurante Auberge d’Ille , 3*Michelin.
Nessa noite o jantar era por nossa conta e a Backroads nos ofereceu transfer até Colmar, cidade encantadora com mais de mil anos de história. Pena que chegamos lá já anoitecendo e não havia tempo para jantar e explorar a cidade, que vale ser visitada com calma. Se estiver de carro pela Alsácia, não deixe de reservar ao menos um dia para Colmar.
Jantamos no restaurante L”AtelierDuPeintre,
1*Michelin, na parte histórica da cidade e, para mim, juntamente com
o Hirschen, de Sulzburg, foram as melhores refeições de toda
viagem. Colmar conta com três restaurantes 1* e três Bibi Gourmands, pelo guia
Michelin.
A pedalada da manhã, no quinto e para mim
último dia de bike, foi ainda pela região vinícola da Alsácia. Do hotel
seguimos rumo ao norte, passado primeiramente por vales com
plantações cultivados, a seguir retomamos a rota vinícola do dia anterior
por meio de Bergheim, Rohrschwihr, St Hippolyte. Depois
passamos por Orschwihler, Kintzheim, Chatenois,
Sherwiller, Dieffenthal,Dambach La Ville, até chegarmos
a Blienschwiller, para uma visita e almoço na vinícola Vin Spitz e Fils (26.3km).
A pequena vinícola familiar está situada num belo lugar e além da visita à cave e degustação, oferece local de hospedagem. O restaurante, junto à loja, é simples, mas a comida, composta basicamente de saladas, frios e antepastos estava deliciosa.
Após o almoço seguimos em direção ao Castelo de Haut-Koenigsbourg, passando pela Floresta Comunal de Scherwille e Kintzheim para um total de 43.9km.
Visitamos por aproximadamente uma hora o castelo-fortaleza do século XII, que foi totalmente restaurado e se situa estrategicamente com vista para o vale.O local é uma das grandes atrações da Alsácia.
A pequena vinícola familiar está situada num belo lugar e além da visita à cave e degustação, oferece local de hospedagem. O restaurante, junto à loja, é simples, mas a comida, composta basicamente de saladas, frios e antepastos estava deliciosa.
Após o almoço seguimos em direção ao Castelo de Haut-Koenigsbourg, passando pela Floresta Comunal de Scherwille e Kintzheim para um total de 43.9km.
Visitamos por aproximadamente uma hora o castelo-fortaleza do século XII, que foi totalmente restaurado e se situa estrategicamente com vista para o vale.O local é uma das grandes atrações da Alsácia.
De lá era possível pedalar mais 14km ou 26km até o Hotel de Berges e escolhi a opção mais curta para aproveitar um pouco o final do dia com minha filha. O jardim do hotel, que fica à beira do Rio Ill, é lindo, cheio de macieiras e pereiras e sempre aparecem umas cegonhas, que, aliás, são muito vistas na Alsácia.
O jantar dessa noite era muito esperado,
pois seria no Auberge d’Ile, mas decepcionou. O grupo ficou num salão
separado e foi servido um menu de três pratos, queijo sobremesa.
Pela minha experiência em outros restaurantes 3*Michelin, acho que
o menu preparado para o grupo foi simplificado e não seguiu o
requinte que se vê nesses restaurantes. Pena!
Como sempre, desencanei de pedalar na
manhã do sexto dia e partimos, toda
família, para Estrasburgo.
O transfer da Backroads seria para lá também,
mas por volta da 12:00 e minha filha não poderia ir conosco.
Saímos mais cedo e chegamos a Estrasburgo por volta
das 11:00 da sexta-feira, e após deixarmos nossas malas no hotel saímos, pois teríamos somente esse
dia e próximo até o final do dia para explorar a cidade.
O Hotel Cour Du Corbeau fica no centro histórico e se
trata de uma construção do século XVI, totalmente remodelada. Adoramos!
O centro histórico
de Estrasburgo é tombado pela Unesco. Pequeno e fácil
de ser explorado a pé. Também pode ser visitado num pequeno “trem” que
possibilita passar em pequenas vias.
Outra maneira bem legal de admirar a
cidade é pela perspectiva do Rio Ill. O Batorama sai do
centro histórico, num deck próximo à catedral e possui barcos aberto e cobertos. Funciona o ano todo. E recomendo que faça o tour mais longo que
navega pela eclusa e mostra a cidade além do centro histórico.
No primeiro dia, vistamos a catedral que é
maravilhosa, percorremos algumas ruas em seu entorno e almoçamos no Yvonne, uma taberna que funciona desde 1873 e serve comida
típica. Boa comida regional.
Depois do almoço, pegamos
o trem para percorrer a área central e fizemos também
vários trajetos a pé, além de visitar a Catedral. Deixamos
o passeio de barco para a manhã seguinte por conta das filas. Compre com
antecedência.
Nesse dia, jantamos no restaurante Buerehisel,
que está localizado no Parque de L’Orangerie. Achei o fato de ser uma casa de fazenda transplantada para o parque interessante e
por isso o escolhi. No entanto, achei sem graça o ambiente e a decoração e, além
disso, a comida não impressionou. Melhor seria ter escolhido outra opção mais
central, já que a cidade tem seis restaurantes da mesma
categoria.
No dia seguinte de manhã, fizemos o
passeio de barco, fomos ver a apresentação do relógio astronômico da catedral e
ainda deu para passear mais pelo centro. A cidade mereceria mais um dia ao
menos, para percorrermos seus parques e visitar os vários prédios de
instituições internacionais que dão a ela o título de “Capital da Europa”.
Enfim. Embora um pouco corrido, foi tempo suficiente para se ter um bom panorama da região, que deixa evidente a forte influência alemã nesse canto da França, que merece ser visitado.
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