Para quem gosta de vinho, Mendoza, na Argentina, é uma ótima opção de
viagem. A localização próxima, a qualidade dos vinhos, que surpreende, e a
paisagem do entorno, faz valer a pena colocar a região nos seus planos de
viagem.
Eu
estive lá em duas oportunidades. Fiz uma viagem de bicicleta no Reveillon de
2008/2009 e outra com a confraria feminina que mantenho com amigas desde 2005.
A
primeira visita foi organizada pela Auroraeco, que tem roteiros de
bicicleta na região desde a sua fundação. Como era Reveillon, o roteiro
foi modificado e ficamos hospedados apenas no Hyatt e na Bodega
Salentein, enquanto que no
roteiro habitual, a hospedagem nas vinícolas é privilegiada. Ainda
fiquei uma
noite com minha família no Casa Tapiz, no final da viagem, para esticar
um
pouco a estadia.
A segunda viagem, cujos detalhes vou dividir com
você, foi totalmente dedicada ao vinho. Assim, se esse é um tema de seu
interesse, acho que vai gostar das dicas.
Todo
o roteiro foi desenvolvido por nós da confraria, em conjunto com a agência
local Mendoza Holidays, que nos atendeu
muito bem e recomendo. Não tivemos muito tempo ocioso nesses três dias e
conseguimos visitar quase todas as vinícolas “tops” que recebem turistas. Se
for, consulte a programação regular da Mendoza Holidays ou peça que customizem
o roteiro, incluindo o que for do seu interesse. Lembre-se de que na
maioria dos roteiros prontos são oferecidas visitas às vinícolas mais populares
e mesclam as de boa qualidade com outras nem tão boas assim.
Por
exemplo, as bodegas Andeluna e a Ruca
Malen, que conheci quando fiz o roteiro da Auroraeco, têm vista linda e bom
restaurante, mas os vinhos são fracos. Já a bodega Zuccardi,
onde também estive em 2009, tem vinhos melhores (mas não tops), um restaurante
bonito e extremamente bem montado, mas achei o serviço horrível e as carnes do
assado argentino pobres. A
Salentein, visitada em ambas viagens,
embora fabrique vinhos que considero apenas bons, vale a visita pela arquitura
e pelo museu que sedia.
Ou
seja, o roteiro a ser escolhido vai depender muito do seu interesse por vinho.
Eu acho que acertamos muito bem na viagem da confraria, com exceção de um
almoço no Clos de Chacras, cuja visita considero não ter valido a pena, quer seja pela
comida, quer seja no quesito vinho.
Essa viagem, com a participação de 17 confreiras, foi realizada no mês
de novembro de 2011, mas dá para ir em qualquer época do ano. Quase nunca chove
por lá, mas a temperatura varia muito entre o inverno e o verão. Fomos
numa
quarta-feira para Buenos Aires onde passamos a noite para podermos pegar
o primeiro voo da manhã seguinte para Mendoza. Retornamos no domingo de
manhã com conexão imediata para São
Paulo. Vale a pena dormir em Buenos Aires na ida para não perder o
dia da chegada.
Foram
três dias intensos, mas você pode se programar para seguir nossos passos de uma
maneira mais tranquila ou aproveitar um feriado de quatro dias, p.exemplo, da
mesma maneira que nós. Lembre-se que a maioria das vinícolas está localizada
nos distritos de Lujan de Cuyo, próximo à cidade, e no Valle
do Uco, há quase 100 km. O roteiro abaixo foi pensado de forma a melhor aproveitar
ambas as regiões.
Do aeroporto, onde o guia nos aguardava, seguimos direto para a vinícola Alchaval Ferrer, na região vitivinícola de Luján de Cuyo. Lá, além de fazermos uma visita guiada pela vinícola, degustamos os vinhos Malbec Mendoza e Quimera, os Finca Mirador, Altamira e Bela Vista. Os vinhos são todos ótimos e sempre premiadíssimos.
De
lá seguimos para um almoço de quatro passos na Terrazas de Los Andes, acompanhado
somente de vinhos Cheval des Andes, que é produzido em conjunto com o produtor
do Cheval Blanc.
O almoço foi no restaurante Epi-Curious, que fica dentro do La Casa Terrazas, uma pequena pousada dentro da vinícola. Fomos todas acomodadas numa grande mesa da sala de jantar com vista para o lindo jardim, onde, após a refeição, foram servidos o vinho de sobremesa e o café. De lá, seguimos para a cidade de Mendoza para fazermos o check in no hotel Park Hyatt.
O dia ainda não tinha acabado. Às 20:00 saímos para provar um jantar de três passos, no restaurante Terruño, do hotel Club Tapiz. Embora o restaurante seja bom, acho que é uma melhor escolha se for para almoçar. A noite se perde muito da vista e do jardim do local, sem contar que o bom bife de chorizo que servem, cai melhor no almoço.
O almoço foi no restaurante Epi-Curious, que fica dentro do La Casa Terrazas, uma pequena pousada dentro da vinícola. Fomos todas acomodadas numa grande mesa da sala de jantar com vista para o lindo jardim, onde, após a refeição, foram servidos o vinho de sobremesa e o café. De lá, seguimos para a cidade de Mendoza para fazermos o check in no hotel Park Hyatt.
O dia ainda não tinha acabado. Às 20:00 saímos para provar um jantar de três passos, no restaurante Terruño, do hotel Club Tapiz. Embora o restaurante seja bom, acho que é uma melhor escolha se for para almoçar. A noite se perde muito da vista e do jardim do local, sem contar que o bom bife de chorizo que servem, cai melhor no almoço.
Se
fosse refazer este roteiro, iria nessa noite ao restaurante Nadia O.F., que
a mulher do proprietário da vinícola O. Fournier tem nos arredores de
Mendoza, e deixaria o Terruño para o almoço do sábado, no lugar do Clos de
Chacras que, como já disse, não gostei.
O segundo dia foi dedicado ao Vale de Uco. Saímos do hotel as 9:00, diretamente para uma visita e degustação na vinícola Pulenta Estate, que tem uma cave subterrânea, com sala de degustação, incrível. A degustação foi de dois tipos do vinho Pulenta Estate, mais os vinhos Gran Pulenta, Pulenta Estate Gran Corte.
O segundo dia foi dedicado ao Vale de Uco. Saímos do hotel as 9:00, diretamente para uma visita e degustação na vinícola Pulenta Estate, que tem uma cave subterrânea, com sala de degustação, incrível. A degustação foi de dois tipos do vinho Pulenta Estate, mais os vinhos Gran Pulenta, Pulenta Estate Gran Corte.
A arquitetura da vinícola Salentein e o Museu Killka,
que fica dentro da
propriedade, valem a viagem e, por isso, fomos até lá. Quanto aos
vinhos, considero-os apenas ok. Provamos o Salentein Reserve, o Numina
e dois
tipos do Primus.
O ponto alto do dia foi o almoço no restaurante Urban da vinícola O.Fournier. O menu de seis passos, preparados pela chefe Nadia Harón, nesse outro empreendimento, estava maravilhoso, e a arquitetura do prédio, um bloco de vidro com os Andes a seus pés nos deixou boquiabertas. O almoço foi acompanhado dos diversos vinhos da linhas BCrux e ACrux (Blend e Malbec) e também do O Fournier (blend). Esse último vinho eles não incluem no preço da degustação, mas se pode pedir a parte, que foi o que fizemos. De lá voltamos para Mendoza.
O ponto alto do dia foi o almoço no restaurante Urban da vinícola O.Fournier. O menu de seis passos, preparados pela chefe Nadia Harón, nesse outro empreendimento, estava maravilhoso, e a arquitetura do prédio, um bloco de vidro com os Andes a seus pés nos deixou boquiabertas. O almoço foi acompanhado dos diversos vinhos da linhas BCrux e ACrux (Blend e Malbec) e também do O Fournier (blend). Esse último vinho eles não incluem no preço da degustação, mas se pode pedir a parte, que foi o que fizemos. De lá voltamos para Mendoza.
Nosso jantar nessa segunda noite foi no restaurante do hotel Cavas Wine Lodge. O menu de três passos agradou, mas, depois do almoço dos deuses no Urban, não empolgou. Mesm assim, como o local é lindo, vale a visita.
No terceiro e último dia voltamos de manhã a Luján de Cuyo para uma visita à vinícola Catena Zapata, que é um ícone local e não pode deixar de ser vista. Eu particularmente acho a arquitetura piramidal bem feia, mas não há como se negar que os vinhos são excelentes e a vista também.
Ainda
antes do almoço, seguimos para a visita à vinícola Alta Vista, onde provamos os vinhos
Single Vineyard Temis, Alizarine, Serenade, Terroir
Selection, Atemporal Blend e Alto. Além dos vinhos premiadíssimos e deliciosos,
a vinícola está situada numa construção antiga, muito bem preservada que nos
desnuda o contraste com os modernos prédios visitados nos dias anteriores. Lá é
possível adquirir também azeites de ótima qualidade.
O almoço foi no restaurante Clos de Chacras que, além de fora de mão, serve comida e vinhos medianos. O ambiente simpático agrada à primeira vista, mas decepciona depois. Como já disse acima, se fosse refazer o roteiro marcaria esse almoço no restaurante Terruño.
Depois do almoço, visitamos e degustamos azeites na Fábrica de Azeite Laur.
Outro passeio que só vale a pena se tiver com tempo de sobra. O local é bem
turístico, com muitos visitantes e um pouco confuso. Tem um delicatessen que
vende azeites, conservas etc...Nosso retorno ao hotel
ocorreu por volta das 17:00.
O
jantar de despedida não poderia deixar de ser no Restaurante
1884, sem dúvida o melhor restaurante da cidade e um dos melhores de toda a
Argentina, pertencente ao prestigidíssimo chefe Francis Mallmann. Comemos um menu de
três passos que estava delicioso e provamos vinhos argentinos de alta qualidade,
encerrando nossa maratona enogastronômica com chave de outro.
Domingo
de manhã, rumamos ao aeroporto para o voo das 9:35, que nos permitiu fazer
conexão em Buenos Aires às 14:35, para São Paulo.
Esse itinerário com hotel, traslados, todas as visitações, degustações, almoços com os vinhos mencionados e todos os jantares (sem vinhos) nos custou USD 1399 por pessoa em quarto duplo.
Como não é uma viagem cara e apenas 3 horas de voo, você pode se programar e usar qualquer feriado prolongado para fazê-la e conhecer os nossos hermanos. Então, SALUD!
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